O presente estudo tem por objetivo responder à seguinte questão: Como é que os factores externos, em particular a economia política global e os meios de promoção da democracia, afectam as transições democráticas? Com especial incidência na Indonésia e no Azerbaijão (1998-2005) e recorrendo ao modelo de transição democrática de Larry Diamond, este estudo defende que os factores externos desempenham um papel significativo na transição (ou falta de transição) para a democracia. Enquanto na Indonésia, a economia política global aumentou a vulnerabilidade do país aos riscos de crises económicas internacionais, levando assim ao declínio do crescimento económico e acabando por minar a legitimidade de Suharto, no Azerbaijão, o petróleo desempenhou um papel diferente no reforço das relações económicas internacionais, na melhoria do crescimento económico e na consolidação do regime de Ilham Aliyev. Do mesmo modo, os actores estatais, os actores não estatais, as organizações internacionais, a assistência democrática e a difusão democrática desempenharam um papel fundamental na promoção da democracia na Indonésia, enquanto que no Azerbaijão a democracia foi enfraquecida.